Conseguir o primeiro estágio pode ser quase impossível se você usar as estratégias erradas como, por exemplo, deixar para se preocupar com isso somente no final da graduação ou não tiver um currículo que demonstre as suas competências e habilidades. Dominar ferramentas e conceitos técnicos à sua formação é condição obrigatória em qualquer área. Entretanto, habilidades emocionais e comportamentais tornaram-se o grande diferencial para quem busca a primeira oportunidade no mercado de trabalho. Considere que o cenário atual é marcado por incertezas permanentes e pelas atualizações tecnológicas aceleradas.
As “soft skills” ganharam muito mais protagonismo com o isolamento social. A intensificação do trabalho remoto e o uso ainda mais frequente da tecnologia para trabalhar em grupo, gerir pessoas e obter resultados também ganharam força.
As habilidades e competências pessoais tem tanta força nos processos seletivos que as empresas dão cada vez mais importância a essas características nos processos seletivos. “É muito comum as empresas colocarem requisitos como capacidade de comunicação, resolução de conflitos, capacidade de trabalho em equipe, dinamismo, antes dos conhecimentos como informática, por exemplo,” afirma Adriel Gennaro, co-fundador da Alpha Estágio.
A inteligência artificial e os sistemas integrados de dados têm alterado o modelo de negócio das empresas e isso exige novas habilidades dos candidatos.
Muitas atividades que exigiam competências técnicas ou ‘hard skills’ foram automatizadas ou incorporadas pela tecnologia. Então, o perfil de quem busca o estágio deve ser a capacidade de fazer análises, planejamento, comunicação e grande capacidade de execução.
Você se destacará no mercado de trabalho se conciliar o uso das novas tecnologias com habilidades comportamentais como a análise de dados, pensamento crítico e comunicação eficiente. Competências como liderança e resiliência também se tornaram uma das mais procuradas pelas empresas.
Outro fator que você deve cuidar é a inteligência emocional ainda mais em tempos de Covid-19. Nesse novo contexto, saber reconhecer, aceitar e gerir emoções se tornou uma característica ainda mais necessária para manter o equilíbrio nas relações com chefes, colegas e liderados.
Ao lado da inteligência emocional, outra competência imprescindível é a comunicação. Você deve ser capaz de transmitir ideias e informações de forma clara e eficiente tanto na forma oral quanto na escrita.
Além de ser capaz de oferecer e pedir ajuda em meio às incertezas e turbulências do presente, você também precisa ter a capacidade de “aprender a aprender” constantemente.
A boa notícia é que as habilidades comportamentais como liderança ou comunicação podem ser desenvolvidas com estudo e prática.
Para desenvolver as competências tão desejadas pelas empresas busque o apoio de professores, amigos que já atuam no mercado, profissionais que você admira, além de boas leituras, cursos, workshops, seminários e palestras.
Por mais preparado que você esteja do ponto de vista técnico, algumas atitudes podem ser decisivas para desclassificá-lo em um processo seletivo, como por exemplo, rigidez, dificuldade de lidar com as mudanças e a falta de iniciativa por medo de errar.
Hoje o que vale é a capacidade humana de se relacionar, trocar, fortalecer os outros.